quinta-feira, 8 de abril de 2010

Região de Hakone

A pouco mais de uma hora e meia de Tóquio fica a região de Hakone. Trata-se de um circuito turístico muito interessante, que inclui várias formas de transporte. O meio mais conveniente de se chegar para lá é pegar a linha Odakyu da estação de Shinjuku até Odawara, ou pegar o trem expresso limitado romance car direto até Hakone Yumoto. Optei pela primeira alternativa, uma vez que adquiri o Hakone Free pass, no valor de cinco mil ienes (aproximadamente cem reais), que dá direito a passagem ida e volta no trem expresso normal, mais a utilização ilimitada dos meios de transporte da região, exceto ônibus de excursão e barcos.

Odawara

De acordo com o lonely planet, Odawara é normalmente lembrada apenas como a estação de conexão com o trem que vai até Hakone-Yumoto. Porém, nesta época do ano, a principal e talvez única atração turística de Odawara, o castelo DoJon é uma atração imperdível: há centenas de cerejeiras dentro e nos arredores do castelo. De fato, conforme as fotos aqui postadas, o cenário é maravilhoso, o que me faz pensar como seria aquele castelo usado durante o Período Edo (1600-1868). No castelo há um museu, porém optei por não visita-lo, com o objetivo de fazer o circuito Hakone todo.

Museu aberto de Hakone

Na realidade, o meu objetivo de visita a Hakone era, principalmente a visita ao museu aberto de Hakone. Há alguns meses, talvez há um ano atrás, não me recordo com exatidão, procurava um vídeo no youtube com a canção La Japonaise, cantanda por Freddie Mercury e Monserrat Caballè e, por puro acaso, encontrei um vídeo montado por um usuário, que continha fotos do Japão, e, dentre outras coisas, fotos desse museu. Comentei a respeito do vídeo com usuário que me informou que as imagens eram do museu de Hakone e, dada a proximidade com Tóquio, não poderia perder a oportunidade de visita-lo.

A paisagem ao redor do museu é explêndida, próximo à estação de Chukoku no mori da linha Hakone-Yutomo até Gora, no alto das montanhas. Trata-se de praticamente um parque com esculturas de artistas ocidentais e japoneses expostas ao ar livre. Encotra-se inclusive estátuas de autoria de Rodan e Miró, e há um pavilhão dedicado a pinturas, esculturas e artesanato de Pablo Picasso. O casamento entre as obras de arte e a natureza naquele local é perfeito, de maneira que, com o perdão de aqui se divagar, ou a natureza é uma obra de arte, ou aquelas obras de arte pertencem à natureza, embora não seja incorreto dizer que os dois pensamentos possam conviver em perfeita harmonia.

A seguir, prosseguindo no trem até Gora, fiz a conexão com um funicular (para quem não sabe, é uma espécie de bonde que sobe montanhas), até a estação de Sounzan. Lá troca-se para um bondinho com três paradas, sendo a primeira, e de obrigatória descida, Owakudani.

Em Owakudani, tive a oportunidade de me deparar com geiser de águas sulfurosas, diretamente do centor da Terra. O cenário parece uma mistura de ficção científica com aquelas pedreiras nas quais Jaspion, Changeman e Flashman travavam suas batalhas contra monstros espaciais. O local é apenas pedras e vegetação de cor bege-amarelada, assemelhando-se a folhas secas. Fazia um barulho estranho no local, parecendo passos de um gigante, e nesse tempo eu temia que fosse Santan-Gos dando as suas caras naquele local. No local exala-se um odor de ovo podre, graças às águas sulfurosas, de cujos poços sai um vapor e uma água esbranquiçada. No local, a principal lembrança são ovos pretos (kurotamago) cozidos nas águas sulfurosas. Não me pareceu muito amigável, porém diz a crença que cada ovo preto comido acrescenta cinco anos de vida.

Continuando no bondinho, há uma parada em Ubako, cuja principal atração seria a vista do Monte Fuji. Não obstante o dia ter amanhecido muito bonito, as nuvens esconderam a tão desejada vista, e, por essa razão, decidi permanecer no bonde e ir até o Lago Ashi.

No lago Ashi há uma explendida visão, trata-se de um lago situado a mais de setecentos metros do nivel do mar, onde há passeios de barcos e inclusive de dois barcos piratas que enfeitam o local. Como o cansaço já havia me abatido, decidi apenas tirar algumas fotos do lago e tomar o onibus de volta diretamente para a estação de Hakone-Yumoto. Dali, embarquei no trem de volta para Shinjuku.

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