quarta-feira, 31 de março de 2010

O tal do embarque

Cá estou eu no tão esperado dia da viagem. Por mais que eu já tenha viajado nesses últimos sete anos, sempre pinta aquele frio na barriga. Dormir à noite foi complicado, embora possa encarar, pelo lado positivo, dizendo que estou me acostumando ao fuso horário japonês.
Peguei o ônibus de campinas ao aeroporto de guarulhos no horário das quinze para as duas da tarde. Quanta antecedência! Na verdade, da última vez que eu fui, e não faz tanto tempo assim, a viagem demorou três horas. Claro, agora há novas pistas na marginal, porém eu não vi grandes vantagens não. Em tempo, justo nesta semana houve um aumento na passagem, de trinta e oito reais para quarenta e um reais. Até pensei em usar o blog como protesto, porém não vou cansar meus leitores.
Check-in normal, agora é hora mesmo de aguardar o vôo, somente às dez para as dez da noite. Vamos  lá!

quinta-feira, 25 de março de 2010

Como você faz? Parte II

Definido o tempo de duração e o país, parte-se para a compra da passagem. Aí vai o critério de cada um. Eu dou preferência à companhia aérea na qual já possuo milhagem e na qual posso juntar as milhas voadas com as milhas que posso converter das minhas compras com cartão de crédito. Nesse caso, o preço não é tão determinante, especialmente em se tratando de um destino no qual se ganham 21 mil milhas, que significam, no plano de milhagens no qual estou inscrito: 90% das milhas para uma viagem para América do Sul, metade das milhas para uma viagem para América do Norte e Caribe.
A pesquisa do bilhete é feita via internet, direto nos sites das companhias aéreas. Na que costumo voar, os preços em geral são mais baixos que os preços praticados por agentes de viagem. Mas aí vai de cada um. Há quem prefira reservar com agência. Faça-o mas com alguém de confiança. Certifique-se que o que o agente comprou e confirmou seu bilhete. Ligue sempre na companhia aérea após ser mandado o número ou algum print de reserva. Lamentavelmente alguns agentes de viagem embolsam o dinheiro e o passageiro só descobre que foi lesado quando chega no check-in. Eu compro direto no site da companhia aérea, onde já compro a passagem confirmada, com direito até a escolha do assento. Quanto maior a antecedência na compra, melhor o preço. Claro que pode haver promoções de última hora, mas nem sempre há.
A seguir pode-se partir para pesquisa em hospedagem. Quanto maior a antecedência, mais provável haver vagas nos melhores hotéis ou hostels. Eu gosto do http://www.hostelworld.com/. Nesse site sempre encontro boas opções, e as notas dos estabelecimentos os viajantes é quem dão. Pode-se fazer a reserva via internet, pagando com cartão de crédito internacional.
A partir daí é estudar como se faz para chegar do aeroporto para o hostel, e do hostel para os pontos turísticos, quais os meios de transporte. Ou seja, estudar bem o lugar. Não há nada de mais em viajar sozinho, somente demanda tempo e curiosidade. Quem não gostar, pode comprar um pacote já com traslado, city tour e etc. Eu não gosto. Prefiro eu mesmo tomar trem, metrô, como se fosse um habitante do lugar.

Como você faz? Parte I

Não é a primeira oportunidade, tampouco será a última vez que eu sou taxado de maluco. Como é que você se aventura num lugar tão diferente e sozinho? Eu mal consigo ir na esquina sozinho e você vai pro Japão?
Não há nenhum grande segredo em planejar sozinho uma viagem. Claro que há a opção do agente de viagens. Porém observei que as agências normalmente fecham pacotes para duas pessoas, e, quando se vai sozinho, há um acréscimo que torna o custo muito maior do que por exemplo, reservar a passagem e a hospedagem separadamente. Fora que como o nome diz, o "pacote" vem pronto, normalmente com poucas opções de escolha.
Não é uma crítica aos agentes de viagem. Conheço aliás uma excelente aqui em Campinas e recomendaria a quem necessitar. Eu prefiro fazer por conta própria e, nesse caso, a palavra chave é planejamento.
Não dá para se decidir ir ao Japão de uma hora para outra. Eu mesmo decidi essa viagem em 2007 e de lá pra cá, coletei todas as informações pertinentes ao lugar. Fiz mais, decidi também aprender um pouco de japonês.
É, meu(inha) amigo(a)! Dá trabalho. É como montar um quebracabeças desses de não sei quantas mil pecinhas, ou pintar uma tela, ou ler um livro enorme. É algo que se faz por prazer. Eu tenho prazer em planejar meus giros anuais e, enquanto planejo, é como se eu já estivesse passeando.
Qual o primeiro passo? Para mim é ler sobre o país de destino. Saber quais são os atrativos do lugar e até mesmo descobrir coisas interessantes que nem sempre são tão populares. Quem vai ao Japão, claro, tem que passar alguns dias em Tóquio e Quioto. Eu mesmo passarei uma semana em cada uma dessas cidades, mas há cidadezinhas nas redondezas, com atrações muito interessantes. Há lugares que são via de regra menos lembrados pelos turistas e pode ser que valha muito a pena pesquisar.
A internet é uma excelente fonte de informações, embora muitas vezes seja difícil encontrar informações exatas a respeito. Depois de alguns mochilões, um dos guias que mais confio é o Lonely Planet. Infelizmente é totalmente escrito em inglês e, um inglês de nível médio a avançado (o que não é de todo ruim, afinal aprender inglês hoje em dia é praticamente obrigação). Não entendo 100% mas é muito útil. Hà outros guias e aí vai do gosto de cada um. O Lonely Planet, na minha opinião, possui as informações confiáveis e até o momento não me vi em nenhuma "furada" confiando nesse guia.
Diante das informações é de se indagar: quanto tempo terei e quanto tempo é necessário em cada lugar? Eu sou daqueles que prefere conhecer bem um lugar a querer conhecer todos em pouco tempo. No meu primeiro mochilão, gastei 42 dias na Itália apenas, e digo e repito: valeu muito a pena. Há que se considerar que a aparentemente pequena Europa possui longas distâncias. Exemplo: De Paris a Barcelona são mais de 1000km, e a viagem que fiz em 2004 de trem, durou 12 horas quase. Há que se pesquisar como é o transporte entre as cidades e qual a modalidade masi vantajosa, em termos de tempo e de dinheiro. As vezes o avião, as vezes o trem, ônibus, carro alugado, enfim.
No Japão, resolvi fazer uma viagem de 20 dias. Após leitura, verifiquei que as cidades de Tóquio e Quioto seriam imperdíveis para uma primeira viagem, e havia muita coisa para se visitar, então decidi que ficaria uma semana em cada uma. Dali sobrariam 7 dias e, após muito analisar, escolhi Hiroshima e Nagasaki. Sim, deixei de fora Osaka, Fukuoka/Hakkata, a não muito lembrada pelos viajantes ilha de Shikoku. Enfim. Toda escolha implica numa perda, e esses locais não foram escolhidos. Em Tóquio, ainda pretendo visitar pelo menos três cidades em viagens de um dia: Nikko, Kamakura e Hakone. Não sei se vai ser possível. Em Quioto, quero conhecer também a primeira capital fixa do japão: Nara. Em Hiroshima há uma famosa ilha chamada Myajima, também imperdível. São vários os lugares que irei passar e acredito que será possível ter uma idéia dos lugares que visitarei.

segunda-feira, 22 de março de 2010

É difícil obter o visto japonês para turismo?

Muita gente tem medo de países que exigem visto para turistas.
O visto nada mais é que uma autorização para que determinada pessoa chegue até o porto de entrada de determinado país. Ou seja, quando se pede um visto americano, por exemplo, o que o consulado vai te dar é uma autorização para que você chegue ao porto de entrada, à imigração daquele país. O visto, como as representações consulares costumam dizer, não é garantia de que o viajante entrará no país, mas que o viajante pode bater na porta e pedir para entrar.
Por alguma razão pela qual se desconhece, alguns países exigem visto para brasileiros que viajam a turismo. O caso mais famoso é Estados Unidos, porém o Japão também exige visto, assim com o México, Canadá, China (porém para entrar em Hong Kong não há necessidade). Os países europeus dispensam o visto para turismo, desde que inferior a 90 dias, prorrogáveis por mais noventa dias. Mas vejam bem, para turismo. Para trabalhar ou estudar, nos países europeus, e nos países acima listados, o visto é obrigatório.
Tive uma experiência ótima no consulado japonês. No site do Consulado do Japão no Brasil: http://www.sp.br.emb-japan.go.jp/pt/index.htm, imprimi o formulário de pedido de visto e o itinerário da viagem. Pede-se também uma cópia da passagem, tendo eu fornecido também uma cópia das reservas nos hotéis e hostels que havia feito, e levei uma cópia da minha declaração do Imposto de Renda. Pedi o visto numa sexta-feira, na quarta fui busca-lo, tendo pago uma taxa de cinquenta e seis reais. O visto que pedi fora somente para uma entrada, e tem validade de três meses a partir da emissão. Todos os documentos entregues ao Consulado, ficam lá arquivados. Caso o viajante queira um visto de múltiplas entradas, deve ser feito um pedido específico ao Cônsul, explicando as razões pelas quais o deseja.
O sucesso para se obter um visto em qualquer país é demonstrar a a verdade no propósito da viagem. Entrar num país nada mais é que entrar na casa de outra pessoa, e ninguém é obrigado a deixar quem não se deseja, ou que demonstre que vá permanecer lá além do período permitido. Normalmente dados que comprovam o propósito do viajante, mais que passagem e hospedagem é a profissão do viajante, o salário se é compatível com os gastos, e prova de vínculos com o país de origem. Sei que o assunto é polêmico, mas eu sou radicalmente contra a imigração ilegal, e penso até que a política brasileira de imigração é bem frouxa nessa sentido.

 Dado importante: como não há vôos diretos ao Japão, o viajante deve verificar se o país no qual fará a conexão exige visto específico para tal finalidade. No meu caso, farei a conexão nos Estados Unidos e já possuo visto. Ouvi dizer que no México não há necessidade de se pedir o visto, mas é recomendável pedi-lo. Na Europa não é necessário o pedido de visto, caso seja feita conexão por lá.

Propósito.

Olá. Primeiro post é igual a primeiro capítulo de novela. Pouco assistido e pouco interessante (se dependesse de mim, aliás, não haveria mais novela de televisão). Mas não é disso que trata este blog. Quem me conhece sabe que há muitos anos venho planejando uma viagem ao Japão. Isso mesmo, Japão, Terra do Sol Nascente, Nihon, Nippon. O que é que você vai caçar num lugar daqueles? É caro, é perigoso! Discordo, embora nem tenha embarcado ainda.
Caro ou barato depende das escolhas que fazemos. Uma viagem pro litoral pode ser cara e pode ser barata, dependendo da onde nos hospedamos, os restaurantes que frequentamos ou os programas que fazemos. Assim é em qualquer lugar do mundo, e já visitei alguns. Pelo que pude verificar, o Japão não é tão mais caro que países da Europa. Faço a viagem num estilo econômico.
Bilhete aéreo em classe econômica (no conforto da classe econômica da American Airlines.. hehehe.. quem conhece, sabe), hospedagem em hostel (prefiro chamar de hostel a denominar albergue da juventude, pois muitos confundem com albergues noturnos para moradores de rua, o que não tem nada a ver). Dou preferência a restaurantes simples, familiares, porém de boa comida (claro que quando o bolso aperta, o bom e velho fast food entra em ação).
Quanto ao perigo, não tenho medo de terremotos ou tsunamis. Meu único medo é me deparar com o Godzilla ou com Satan Gos na baía de Tóquio. Mas confio em Jaspion, Changeman, Flashman, Jiraya, Lionman e Jiban, e mais mil e um heróis de mangás que os adolescentes podem contar a vocês.
De qualquer modo estou indo para lá conhecer um pouco da cultura de um país tão distante, e tão diverso do nosso. Quem me conhece sabe que tenho fascínio pelas culturas orientais e, espero seja o Japão meu primeiro destino de muitos. De hoje, são 9 dias para o embarque. Haja coração!