quinta-feira, 25 de março de 2010

Como você faz? Parte I

Não é a primeira oportunidade, tampouco será a última vez que eu sou taxado de maluco. Como é que você se aventura num lugar tão diferente e sozinho? Eu mal consigo ir na esquina sozinho e você vai pro Japão?
Não há nenhum grande segredo em planejar sozinho uma viagem. Claro que há a opção do agente de viagens. Porém observei que as agências normalmente fecham pacotes para duas pessoas, e, quando se vai sozinho, há um acréscimo que torna o custo muito maior do que por exemplo, reservar a passagem e a hospedagem separadamente. Fora que como o nome diz, o "pacote" vem pronto, normalmente com poucas opções de escolha.
Não é uma crítica aos agentes de viagem. Conheço aliás uma excelente aqui em Campinas e recomendaria a quem necessitar. Eu prefiro fazer por conta própria e, nesse caso, a palavra chave é planejamento.
Não dá para se decidir ir ao Japão de uma hora para outra. Eu mesmo decidi essa viagem em 2007 e de lá pra cá, coletei todas as informações pertinentes ao lugar. Fiz mais, decidi também aprender um pouco de japonês.
É, meu(inha) amigo(a)! Dá trabalho. É como montar um quebracabeças desses de não sei quantas mil pecinhas, ou pintar uma tela, ou ler um livro enorme. É algo que se faz por prazer. Eu tenho prazer em planejar meus giros anuais e, enquanto planejo, é como se eu já estivesse passeando.
Qual o primeiro passo? Para mim é ler sobre o país de destino. Saber quais são os atrativos do lugar e até mesmo descobrir coisas interessantes que nem sempre são tão populares. Quem vai ao Japão, claro, tem que passar alguns dias em Tóquio e Quioto. Eu mesmo passarei uma semana em cada uma dessas cidades, mas há cidadezinhas nas redondezas, com atrações muito interessantes. Há lugares que são via de regra menos lembrados pelos turistas e pode ser que valha muito a pena pesquisar.
A internet é uma excelente fonte de informações, embora muitas vezes seja difícil encontrar informações exatas a respeito. Depois de alguns mochilões, um dos guias que mais confio é o Lonely Planet. Infelizmente é totalmente escrito em inglês e, um inglês de nível médio a avançado (o que não é de todo ruim, afinal aprender inglês hoje em dia é praticamente obrigação). Não entendo 100% mas é muito útil. Hà outros guias e aí vai do gosto de cada um. O Lonely Planet, na minha opinião, possui as informações confiáveis e até o momento não me vi em nenhuma "furada" confiando nesse guia.
Diante das informações é de se indagar: quanto tempo terei e quanto tempo é necessário em cada lugar? Eu sou daqueles que prefere conhecer bem um lugar a querer conhecer todos em pouco tempo. No meu primeiro mochilão, gastei 42 dias na Itália apenas, e digo e repito: valeu muito a pena. Há que se considerar que a aparentemente pequena Europa possui longas distâncias. Exemplo: De Paris a Barcelona são mais de 1000km, e a viagem que fiz em 2004 de trem, durou 12 horas quase. Há que se pesquisar como é o transporte entre as cidades e qual a modalidade masi vantajosa, em termos de tempo e de dinheiro. As vezes o avião, as vezes o trem, ônibus, carro alugado, enfim.
No Japão, resolvi fazer uma viagem de 20 dias. Após leitura, verifiquei que as cidades de Tóquio e Quioto seriam imperdíveis para uma primeira viagem, e havia muita coisa para se visitar, então decidi que ficaria uma semana em cada uma. Dali sobrariam 7 dias e, após muito analisar, escolhi Hiroshima e Nagasaki. Sim, deixei de fora Osaka, Fukuoka/Hakkata, a não muito lembrada pelos viajantes ilha de Shikoku. Enfim. Toda escolha implica numa perda, e esses locais não foram escolhidos. Em Tóquio, ainda pretendo visitar pelo menos três cidades em viagens de um dia: Nikko, Kamakura e Hakone. Não sei se vai ser possível. Em Quioto, quero conhecer também a primeira capital fixa do japão: Nara. Em Hiroshima há uma famosa ilha chamada Myajima, também imperdível. São vários os lugares que irei passar e acredito que será possível ter uma idéia dos lugares que visitarei.

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